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Evinis Talon

E se não tenho parentes no Direito?

17/09/2017

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Uma das mensagens que mais recebo é: “não tenho parentes no Direito. Posso ser bem-sucedido na área jurídica mesmo assim?”

Inicialmente, destaco que não tenho parentes na área jurídica. Meus pais e irmãos não cursaram o Ensino Superior. Nem mesmo tenho primos ou tios que sejam bacharéis em Direito.

Isso não me impediu de construir minha carreira do zero, inicialmente com a aprovação no concurso para Defensor Público e, posteriormente, na Advocacia e na docência. Para entender melhor, recomendo a leitura dos meus textos “Por que deixei de ser Defensor Público para ser Advogado Criminalista?” (leia aqui) e “9 coisas que eu gostaria de ter ouvido na faculdade de Direito” (leia aqui).

Em cada uma dessas etapas, não precisei ter parentes para conclui-as exitosamente.

No concurso para Defensor, eu era um total estranho, pois era de outro Estado e não conhecia os examinadores. Durante as etapas do concurso, ninguém me perguntou se eu tinha parentes no Direito, nem mesmo na fase de entrevista. Aliás, nesse mesmo concurso, há parentes de conhecidíssimas autoridades que foram reprovados nas provas objetivas e subjetivas. O parentesco não significava nada para o gabarito.

Nos concursos, não importa ter parentes na área jurídica. Felizmente, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores agem para evitar que os certames públicos privilegiem determinados candidatos (parentes de membros da instituição ou Poder). Excepcionalmente, talvez os examinadores sejam influenciados por eventual parentesco do candidato durante a fase oral, mas, se o candidato não passar pelas etapas anteriores, cujas correções são feitas em provas sem identificação, o parentesco não terá relevância.

Na Advocacia, não precisei de parentes para começar. Aliás, como já narrei no texto anteriormente citado, iniciei na Advocacia em Brasília, onde não tenho parentes e o fato de ser ex-Defensor Público de um Estado do Sul não tinha relevância, porque outros Advogados eram ex-Ministros do STF, STJ e TSE, ex-Desembargadores, ex-Procuradores etc.

Nesse caso, contei unicamente com o meu esforço diário e com a minha insistência em demonstrar, sempre que possível, que tinha conhecimento e experiência. Com o tempo, isso produziu excelentes relacionamentos profissionais. Talvez tenha demorado um pouco mais do que se tivesse algum parente para me inserir nos círculos jurídicos, mas não é tão difícil quando se tem foco.

Sobre a docência, não conheço muitos professores que tenham começado a lecionar apenas por serem parentes de alguém. As faculdades são muito zelosas quanto à qualidade dos professores.

Diferentemente de outrora, os laços sanguíneos não mais definem quem terá sucesso no Direito. A Advocacia moderna não depende de um networking familiar. Não estamos mais na época das meras indicações de boca em boca, pois muitas relações profissionais surgem por meio de nossas imagens no mundo virtual e da nossa produção intelectual, que facilmente é difundida para milhares de pessoas pelas redes sociais.

Atualmente, é plenamente possível que alguém tenha sucesso na seara jurídica sem ter parentes no Direito (nem mesmo colaterais de quarto grau).

Aliás, quem tem parentes também não tem certeza de sucesso. É possível até que tenha mais dificuldades, porque permanecerá na zona de conforto acreditando equivocadamente que já tem algum sucesso, quando, na verdade, quem conquistou o sucesso foi o seu parente.

Para quem não tem parentes no Direito, os desafios são diferentes.

Se optar pela Advocacia, começará do zero. Não terá uma carteira de clientes previamente moldada, tampouco terá muitos contatos profissionais.

Contudo, vi inúmeros “herdeiros de escritórios” que, após o falecimento ou a aposentadoria do ascendente, iniciaram com uma enorme carteira de clientes, mas terminaram fechando as portas. Os motivos são muitos: falta de conhecimento e experiência, ausência de habilidade para administrar o escritório, dificuldade para manter um relacionamento com os clientes do falecido/aposentado pai ou mãe, porque esses clientes são bem mais velhos que o “herdeiro jurídico” etc.

De qualquer forma, quem obtém sucesso no Direito como mera decorrência dos seus laços de parentesco não tem, de fato, sucesso. Apenas está aproveitando o sucesso do seu parente. Nesse caso, tem apenas o resultado, mas não a melhor parte, que é a construção desse caminho até o sucesso.

Quem não tem parentes no Direito precisará se lembrar de que, em algum momento, alguém precisará ser o primeiro na família. Por que não poderia ser você, leitor(a)?

Leia também:

  • 9 coisas que não te ensina(ra)m na faculdade de Direito (leia aqui)
  • Por que alguns têm sucesso (e outros não) no Direito? (leia aqui)
  • Quem nunca pensou em desistir do Direito? (leia aqui)

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Evinis Talon é Advogado Criminalista com atuação no Brasil inteiro, com 12 anos de experiência na defesa penal, professor de cursos de mestrado e doutorado com experiência de 11 anos na docência, Doutor em Direito Penal pelo Centro de Estudios de Posgrado (México), Doutorando pela Universidade do Minho (Portugal – aprovado em 1º lugar), Mestre em Direito (UNISC), Máster en Derecho Penal (Universidade de Sevilha), Máster en Derecho Penitenciario (Universidade de Barcelona), Máster en Derecho Probatorio (Universidade de Barcelona), Máster en Derechos Fundamentales (Universidade Carlos III de Madrid), Máster en Política Criminal (Universidade de Salamanca), especialista em Direito Penal, Processo Penal, Direito Constitucional, Filosofia e Sociologia, autor de 7 livros, ex-Defensor Público do Rio Grande do Sul (2012-2015, pedindo exoneração para advogar. Aprovado em todas as fases durante a graduação), palestrante que já participou de eventos em 3 continentes e investigador do Centro de Investigação em Justiça e Governação (JusGov) de Portugal. Citado na jurisprudência de vários tribunais, como TRF1, TJSP, TJPR, TJSC, TJGO, TJMG, TJSE e outros.

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