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Evinis Talon

Câmara: prisão federal para quem mata policiais divide opiniões

13/04/2023

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Câmara: prisão federal para quem mata policiais divide opiniões

Parlamentares de oposição se posicionaram contrários ao Projeto de Lei 5391/20, que prevê a colocação em regime disciplinar diferenciado de condenados por crime de assassinato de policiais ou militares no exercício da função ou em decorrência dela.

A líder do Psol, deputada Talíria Petrone (RJ), afirmou que o texto não especifica os impactos da medida na lotação dos presídios federais, hoje destinados a presos que chefiam facções criminosas. “A possibilidade de colapsar o sistema de presídios federais é efetiva. Os presídios deste porte foram criados para retirar chefes de facções de seus territórios. Ao aprovarmos esta matéria, estamos incorrendo em graves riscos porque não sabemos qual será o fluxo de transferência”, disse.

Na avaliação da deputada Erika Kokay (PT-DF), o texto ataca a lógica do regime de segurança máxima. “Não se se sabe, inclusive, se o chefe do crime organizado, que subverte a ordem, que continua seus crimes dentro do presídio, será preterido para cumprir a sua pena no regime de segurança máxima por uma outra pessoa, simplesmente porque ela cometeu um crime contra um familiar de policial”, disse.

Para a deputada, a pessoa que comete esse tipo de crime tem que ser punida, a vida dos policiais tem que ser preservada, mas não ao custo do regime de segurança máxima.

Já o líder do PDT, deputado Wolney Queiroz (PE), criticou a análise de propostas polêmicas nas sessões de quintas-feiras. Ele pediu que apenas matérias de consenso sejam incluídas nas pautas dessas sessões.

Defesa da proposta

Autor da proposta, o deputado Carlos Jordy (PSL-RJ) defendeu a medida. O objetivo, segundo ele, é afastar o assassino de policiais do contato com o crime organizado que opera nas penitenciárias. “Nossa intenção é fazer com que as pessoas que cometem esse tipo de crime, contra o policial e seus familiares, não só tenham que responder pelo crime hediondo, mas também tenham que ficar reclusas, afastadas dos outros criminosos, para que assim não cresçam no crime organizado”, declarou.

Para o deputado Eli Borges (Solidariedade-TO), a pena mais dura vai atuar na defesa da vida de policiais. “Este cidadão precisa perceber que, se matar alguém que promove a segurança, estará se comprometendo de uma forma muito mais grave e irá para uma penitenciária federal, os presídios de segurança máxima”, disse.

Fonte: Agência Câmara de Notícias – leia aqui.

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Evinis Talon é Advogado Criminalista com atuação no Brasil inteiro, com 12 anos de experiência na defesa penal, professor de cursos de mestrado e doutorado com experiência de 11 anos na docência, Doutor em Direito Penal pelo Centro de Estudios de Posgrado (México), Doutorando pela Universidade do Minho (Portugal – aprovado em 1º lugar), Mestre em Direito (UNISC), Máster en Derecho Penal (Universidade de Sevilha), Máster en Derecho Penitenciario (Universidade de Barcelona), Máster en Derecho Probatorio (Universidade de Barcelona), Máster en Derechos Fundamentales (Universidade Carlos III de Madrid), Máster en Política Criminal (Universidade de Salamanca), especialista em Direito Penal, Processo Penal, Direito Constitucional, Filosofia e Sociologia, autor de 7 livros, ex-Defensor Público do Rio Grande do Sul (2012-2015, pedindo exoneração para advogar. Aprovado em todas as fases durante a graduação), palestrante que já participou de eventos em 3 continentes e investigador do Centro de Investigação em Justiça e Governação (JusGov) de Portugal. Citado na jurisprudência de vários tribunais, como TRF1, TJSP, TJPR, TJSC, TJGO, TJMG, TJSE e outros.

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