Num dia desses, durante uma conversa, perguntaram-me se o Advogado pode dedicar-se a aprender empreendedorismo, marketing, liderança, gestão etc. Ou isso seria incompatível com a necessidade de ter um conhecimento especializado?
Como já mencionei em vários textos, entendo que o Advogado generalista está com os dias contados. É necessário ser especialista, focado em apenas uma área (criminal, cível, trabalhista etc.), sob pena de não conseguir conciliar o conhecimento teórico e prático necessário para atuar, além de não conseguir se destacar no mercado.
Todavia, a necessidade de se especializar quanto à área da Advocacia não é incompatível com a necessidade de ser um empreendedor, aprendendo várias habilidades que podem impulsionar o escritório.
É inimaginável um Advogado que fique trancado no escritório aguardando os clientes entrarem ou o telefone tocar. Com mais de um milhão de Advogados (alguns éticos, outros antiéticos), é incabível ter uma postura passiva. Também é algo ingênuo pensar que os clientes procurarão um Advogado que não tenha diferenciais.
Da mesma forma, deve-se buscar uma gestão do escritório que configure aquilo que o Advogado pretende construir. Alguns querem montar um escritório boutique, enquanto outros preferem uma banca full service. Seja qual for a opção, sem entender de marca, atendimento, transparência, exposição do valor dos serviços (e não apenas do preço) e outros pontos relevantes, é impossível dar ao escritório a identidade pretendida. Aliás, identidade é mais do que a mera “identidade visual” decorrente da impressão de cartões de visita e folhas timbradas. Muitos se preocupam apenas com a identidade visual, mas se esquecem da verdadeira identidade do escritório.
Assim, apreender empreendedorismo não apenas é compatível com a atuação especializada na Advocacia, mas também é uma necessidade, sobretudo para quem resolve abrir o próprio escritório ou atuar como autônomo. Se não tem parentes no Direito (clique aqui), a necessidade de ser um empreendedor é ainda maior. Digo isso por experiência…
Nos últimos anos, muitos desistiram da Advocacia e foram fazer concurso. Poucos realmente fracassaram na Advocacia. A desistência quase sempre decorre de uma equivocada percepção de que “não há saída”, “é impossível para mim” ou “não sei como atrair clientes”. Trata-se, como mencionado, da falta de conhecimento sobre as bases do empreendedorismo.
Entre esses que desistiram, provavelmente muitos eram competentes quanto à área do Direito em que pretendiam atuar. O problema era preponderantemente a falta de habilidade para empreender como Advogado. Como sempre digo, de que adianta entender muito de Direito Civil, Penal ou Tributário se não sabe como atrair clientes para aplicar esses conhecimentos?
Portanto, os Advogados precisam ser empreendedores. Sem conhecimentos de marketing, negociação, administração, networking e outras coisas relevantes, o Advogado apenas “conta com a sorte”.
Para ajudar no empreendedorismo necessário aos Advogados, há vários vídeos no curso por assinatura (veja aqui) sobre prospecção de clientes, marketing jurídico, parcerias, honorários advocatícios, gestão, empreendedorismo, mindset empreendedor e muito mais.
Leia também: